quarta-feira, 19 de maio de 2010

Mercado registra falta de profissionais para manutenção de notebooks



Nunca foi tão fácil comprar um notebook. O equipamento é, de longe, um dos mais vendidos em qualquer loja de eletroeletrônico de Natal. Os motivos são vários, a começar pela facilidade de obter crédito. Nas lojas, o aparelho pode ser comprado das mais diversas formas de pagamento, sempre com descontos atraentes ao bolso do consumidor.

Mas, a alta nas vendas do computador está evidenciando um problema para as próprias lojas e oficinas autorizadas no concerto da peça: falta mão-de-obra especializada para manutenção dos notebooks no Rio Grande do Norte.

O déficit de profissionais capacitados para assumir esta função foi comprovado pelo empresário Eduardo Coelho, diretor do IT.Cursos, onde são oferecidas aulas de informática e de manutenção para estes equipamentos. "Várias empresas já entraram em contato conosco em busca desse tipo de funcionário, mas não há ninguém livre no mercado", revelou.

Para se ter uma idéia do sucesso de vendas dos notebooks no Brasil, em 2009, o comércio do produto cresceu 20%, sendo um dos responsáveis por não levar o mercado a registrar taxas financeiras menores do que em períodos anteriores. Para este ano a expectativa é de um crescimento aproximado de 16% nas vendas de computadores, atingindo 12,8 milhões de unidades no país. Notebooks e netbooks continuarão sendo os destaques no comércio de tecnologias. Dados fazem parte da pesquisa Brasil Quarterly PC Tracker da IDC, líder em inteligência de mercado, consultoria e eventos nas áreas de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.

"Nossa preocupação em oferecer este tipo de curso foi justamente para suprir esta deficiência do mercado. Além disso, em tempos onde a população sofre com a falta de empregos, este é um exemplo de como existem vagas de trabalho mas faltam pessoas capacitadas para este tipo de função. Aqui, elas conseguem se capacitar", disse Eduardo Coelho, da I.T. Cursos.

Ainda de acordo com a pesquisa feita pela IDC, a categoria de desktops não conseguiu obter um resultado nem aproximado dos portáteis. As vendas deste segmento caíram 16% em 2009. O número reflete a substituição deste equipamento pelos notebooks. Outro fator que também pode ter interferido foi a crise financeira internacional, que exigiu corte de custos nas empresas, obrigando-as a adiar a compra ou troca de seus aparelhos de informática.
 
Fonte: Informática em Revista (Publicação Maio/2010)

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